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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

'Deixo meus filhos tensos por estar trabalhando', diz PM


'Deixo meus filhos tensos por estar trabalhando', diz PM
Documentos obtidos com exclusividade pelo Fantástico mostram que Secretaria de Segurança foi avisada da onda de ataques que estaria para acontecer.


São Paulo vive uma onda de violência nos últimos meses, com mais de 90 policiais mortos desde o início do ano. Segundo investigações do Ministério Público, há indícios de que a onda de violência foi desencadeda por uma operação da Rota, a tropa de elite da PM (saiba mais).
Em 28 de maio, policiais da Rota mataram seis suspeitos de pertencerem a uma facção que se reuniam no estacionamento de um bar na favela Tiquatira, na região da Penha, Zona Leste. Em junho, como represália, 11 policiais foram assassinados.
Outra reportagem do Fantástico exibida neste domingo mostra: autoridades sabiam há três meses que os ataques a policiais iriam ocorrer e não avisaram a tropa. Assista no vídeo ao lado.
Flagrante
No caso do servente morto, segundo a Polícia Militar, dois policiais tentaram abordar um carro que havia sido roubado, mas foram recebidos a tiros. De acordo com o Boletim de Ocorrência, Paulo Batista do Nascimento estaria no veículo com outros dois passageiros. Houve troca de tiros durante a perseguição e, segundo a polícia, Nascimento teria conseguido fugir.
O Boletim de Ocorrência não dá detalhes sobre o que aconteceu com o homem depois. O documento apenas relata que o corpo foi encontrado em uma viela pelos policiais.
Os policiais afirmam ter socorrido Nascimento, que deu entrada às 21h40 no hospital. Outro ferido na mesma ocorrência tinha sido deixado no hospital uma hora antes.
O rapaz assassinado já havia sido condenado por receptação, roubo e falsificação de documentos.
Afastamento
Após uma reunião de emergência neste domingo, o comandante da PM pediu a prisão dos policiais envolvidos. Outros 25 policiais que participaram da ocorrência, mas não aparecem no vídeo, foram levados para um quartel e serão liberados depois de prestar esclarecimentos.
"Tão logo tomamos conhecimento dos fatos, determinamos a prisão de todos os policiais militares envolvidos. A Polícia Militar vai apurar rigorosamente e, de acordo com as provas que forem carregadas ao inquérito, ao processo, esses policiais militares deverão ser processados, demitidos ou expulsos da corporação", afirmou França.

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