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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Sistema penitenciário de AL volta a registrar falta de agentes carcerários

Sistema penitenciário de AL volta a registrar falta de agentes carcerários

Seis servidores não apareceram para trabalhar neste domingo, diz Luna.
Caso não justifiquem as faltas, agentes estarão sujeitos a punições.

Rivângela GomesDo G1 AL
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Coronel Carlos Luna, superintendente geral de administração penitenciária de Alagoas (Foto: Michelle Farias/G1)Coronel Carlos Luna confirmou falta de seis
agentes neste domingo. (Foto: Michelle Farias/G1)
O sistema prisional de Alagoas voltou a registrar falta de agentes carcerários. Um dia após a fuga em massa de reeducandos do presídio de segurança máxima Cyridião Durval, em Maceió, mais seis funcionários escalados para o plantão deste domingo (29) não compareceram ao plantão. Duas das faltas foram verificadas no Cyridião.

De acordo com o superintendente geral de Administração Penitenciária, tenente-coronel Carlos Luna, o motivo das faltas só poderá ser apurado quando os agentes voltarem a se apresentar para trabalhar. “Eles estavam escalados, faltaram e só vão se reapresentar após três dias, porque trabalham em regime de plantão. Então só poderemos apurar as justificativas quando os agentes se reapresentarem nas unidades”, explica.


Segundo o superintendente, os servidores estão sujeitos a dois tipos de punição, caso não justifiquem as faltas. “A primeira delas é pecuniária, ou seja, se as faltas foram injustificadas, eles terão descontado no próximo pagamento esse dia não trabalhado. A outra punição é administrativa. Cada servidor tem direito a um número determinado de faltas. Se esse total for extrapolado, ele pode ser submetido a uma sindicância, o que pode inclusive levar à demissão do serviço público”, diz.

Apesar da redução no quadro de agentes neste domingo (29), os trabalhos nas unidades estão transcorrendo normalmente, conforme relata Carlos luna à reportagem do G1. “Os presos estão recebendo visitas e não houve registros de problemas nas unidades prisionais”, completa.

Foragidos
Na manhã deste domingo a assessoria de comunicação da Sgap divulgou o nome e as fotos dos26 reeducandos que ainda estão foragidos. Na ocasião, a superitendência confirmou a morte de um preso e informou que um segundo encontra-se em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE).
Fuga
A Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap) de Alagoas registrou, no início da tarde de sabado (28), uma fuga em massa de reeducandos do Presídio Cyridião Durval, que fica localizado no bairro do Tabuleiro do Martins, na parte alta de Maceió.
Familiares de alguns presos que faziam visitas tiveram que sair às pressas do módulo e acompanham a movimentação dos policiais que fazem buscas na região. "Meu fillho errou, mas é desse jeito que vai sair melhor? Os presos aí são tratados como bicho. Estou aqui sem nenhuma notícia e preocupada porque o Bope entrou no módulo", disse a dona de casa Severina Viana.

Cerca de 13 detentos já foram recapturados e alguns foram encaminhados ao Hospital Geral do Estado (HGE). Militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e agentes penitenciários fizeram buscas na região para tentar localizar os foragidos. Militares da Força Nacional também reforçaram o trabalho de busca.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen), Jarbas Souza, alguns detentos estavam armados e reagiram à ação dos agentes penitenciários. "Os agentes que estavam de plantão estimam que fugiram muitos homens. Alguns estavam armados e revidaram a ação dos agentes", disse ao evidenciar que a categoria vai retomar as mobilizações para cobrar do governo do Estado a realização de concurso. "Hoje são quatro agentes para cuidar de 800 presos por plantão, algo que é completamente inviável", completou
Familiares de presos fecharam os dois sentidos da pista (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Após a fuga, familiares de presos fecharam os dois sentidos da pista. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Confusão
Após o registro de fuga em massa no presídio de segurança máxima e a entrada de militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no módulo onde ocorreu a confusão, famíliares dos reeducandos bloquearam a rodovia BR-104, nas imediações do complexo de segurança, para cobrar notícias sobre os presos.
O grupo, formado em sua maioria por mulheres, fechou a via com pedras impedindo a passagem de veículos nos dois sentidos da BR-104. A barricada resultou em congestionamento no local. A via é um dos principais acessos ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares.

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